28/05/2007

numericamente falha



Disseram que no meu início eram 2, mas entre 2, sem que soubessem, éramos 3.
Números enganam... Entre 2, aos sermos 3, vivíamos 5: Ele com o que imaginava de mim; Ela com o que suspeitava a meu respeito, e eu, que dependia dos 4 para um dia me fazer 1.
Cresci querendo ter 18. Aos 20 olhava o mundo de cima do meu salto 15, sentindo 50.
Quando o salto quebra, ando cambaleante, como se tivesse 1. Sentido esvaído.
Para reconstruir algum sentido, aprendi a trabalhar rápido logo aos 13. Fábrica de permanentes provisórios.
Mas aos 22 e aos 26, surgiram 2 que mudariam por completo a lógica do tempo. Barriga crescida, repleta de expectativa, alegria e medo. 2 que me impulsionam a quebrar rigidez de compreensão categórica do mundo. Isso cria lacunas e pede espera com pressa. Tempo de degustação e decantação.
Então me esforço em silêncio, quero En-canto.
Aparições fugazes que sustentam um toque, uma intersecção. Possibilidade de renovação.
Aos 36, fico à espreita dos encontros que promovam falta de palavras como aos 2.
Possíveis estréias na vida.

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