Lobão cantou que a vida é melhor vivida "10 anos a 1000, do que 1000 anos a 10". A novidade parece estar contida em cada momento, a cada ínfimo passo. Parece que o grande desafio é manter as papilas gustativas desentupidas. Um bate papo pode ser muito bom, um chocolate quente, uma música, um namoro, um passeio pela feira.
Manter o paladar apurado dá trabalho. Exige a saída do modelo urgente, de uma procura única de solução "para todos os males". Quando as experimentações estão acentadas no desespero (sem espera, urgente) o gosto das coisas torna-se enviesado... O que é doce, vira amargo. Parece que a língua se enrola toda e não consegue identificar de que alimento se trata.
O tumulto tem se agravado, nos últimos tempos, em virtude da impossibilidade de ficarmos recolhidos "pra balanço degustativo". Isso virou depressão; não se pode ficar simplesmente triste! Logo vem alguém que te diz: "Sai dessa! Vamos sair e nos divertir"; o que, noutras palavras, pode significar: não se ocupe do seu paladar, simplesmente engula!
É necessário pararmos de correr do que entra e sai da nossa própria boca.
Tempos difíceis...
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