12/03/2010

O ÁUGURE

(por Hélio Pellegrino)

Sou um prisma
às avessas
as cores em mim
se confundem

sou um tapete de ecos
uma cachoeira de gritos
uma cordoalha de muitos tempos

A esfera de lantejoulas
- passado presente futuro -
roda refletindo mil sóis

Sou essa colméia de incêndios
essa assembléia de sinais
esse rumor insone

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